domingo, 10 de abril de 2011

Essência, aparência ou ambas?

Hoje me deparei com a seguinte frase: “Seja essência, não aparência”, cujo o autor desconheço.    

Existem muitas interpretações sobre uma mesma coisa, por isso que a escrita e, por conseqüência, a leitura é tão subjetiva. Um texto, uma frase, uma palavra pertence ao autor até o momento em que a primeira pessoa lê, depois disso, pertence ao leitor e aos seus mais variados pontos de vista. Sendo assim, “Porque não ser as duas coisas?”

As pessoas (chatas), em geral, têm uma mania bem estranha, elas costumam comparar duas coisas que não tem nada a ver uma com a outra (como essência e aparência), dizem que as duas juntas são incompatíveis e a gente acredita!

Como a maioria das pessoas do mundo, eu não sou uma Gisele Bundchen, mas me esforço para ser bonita. Acho bacana e me sinto bem assim. E digo sem medo de ser feliz: amo maquiagem, amo roupas, amo salto alto, amo minha chapinha. “Como você agüenta fazer chapinha toda vez que lava o cabelo?” É simples, entre sair de casa igual a Shakira em “Loca loca loca” eu escolho sair com o cabelo arrumado. Porque eu escolheria o feio e não o bonito? Que espécie de anormal seria eu?

E alguém pode dizer que eu dou muito valor às coisas fúteis. A grande questão é que não existe um limite de coisas importantes na vida, podemos dar valor à várias ao mesmo tempo. Eu não preciso escolher amar minha família no lugar do meu batom, eu não preciso escolher fazer trabalho voluntário no lugar da minha chapinha, assim como eu não preciso escolher ser boa profissional no lugar das minhas roupas. Posso muito bem dar aula de roupa nova, amar minha família de batom e ir ao trabalho voluntário de chapinha.  Dá licença?

Todos tem o seu jeito de ser, seus gostos, suas preferências. Algumas pessoas gostam de se arrumar, outras não. Algumas gostam de se maquiar, outras não. Algumas gostam de deixar o cabelo mais bonito, outras não.  Acho normal, tanto ser de um jeito quanto do outro.

Acho o máximo aquelas mulheres que mesmo de ônibus vão de saltão pro trabalho, que mesmo sob sol quente não dispensam a maquiagem. E tem gente que questiona com ar de simplicidade: “Como você tem coragem de vir de ônibus com esse salto, essa roupa, blábláblá...” eu responderia: “Com a mesma coragem que você tem de sair de casa sem uma gota de corretivo nessas olheiras e com essa roupa de quem estava fazendo faxina ao som de Zezé de Camargo e Luciano”. Mentira. Eu apenas diria: “Ah, porque eu gosto”.

Gostar de futilidades é negar que se tem essência, bondade, inteligência, conteúdo? Se alguém, por acaso, tiver um vídeo da essência saindo da pessoa através do calor do secador ou do pincel do blush, por favor, me envie que eu retifico o texto.

O mundo precisa de gente menos arrogante, menos má, menos injusta, menos preconceituosa, menos idiota, menos vazia…Menos bonita? Acho que não.

Não julgue a essência de uma pessoa pelo tamanho do salto, elas podem surpreender você.

Ps:  Se você achou que eu comparei a importância da minha família a um batom,  você é muito sem noção. Reflita!
Mari Lima
10/04/11

Um comentário:

  1. 'O mundo precisa de gente menos arrogante, menos má, menos injusta, menos preconceituosa, menos idiota, menos vazia…Menos bonita? Acho que não.'

    Perfeito Mari, acho que o mundo precisa do essêncial O AMOR nos corações das pessoas, é isso que está faltando, é disso que o mundo precisa.

    Beijokas.
    :*

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