quinta-feira, 20 de março de 2014

A "modinha" da campanha fios do bem




Como sou professora,  fui desenvolvendo a minha paciência ao longo dos anos, de forma que, poucas coisas me tiram do sério. Poucas mesmos.

Nos últimos dias, tenho visto no facebook e instagram fotos de diversas amigas cortando o cabelo em prol de uma causa (a campanha fios do bem). Como funciona? Você vai ao salão, recebe um corte gratuito e o seu cabelo ajudará pessoas com câncer a receberem uma peruca. Até aí tudo bem, tudo na paz.

Só que uma pessoa resolveu achar que “a campanha fios do bem é bacana, mas, infelizmente, as pessoas só vão cortar o cabelo pra postar a foto e ganhar likes nas redes sociais, porque, segundo a mesma pessoa, isso é uma coisa que pode ser feita a qualquer momento da vida e a maioria não se voluntaria para trabalhar e ajudar as pessoas com câncer e etc” só que com outras palavras, claro.

Não conheço a pessoa, li o post porque alguém na minha timeline curtiu. Isso! Alguém curtiu! Não só uma pessoa, como 160 mais. (1 minuto de silêncio pela nossa indignação)

Só tenho uma coisa a dizer a essa pessoa, aliás, duas. Primeiro o seu post foi muito infeliz, e, segundo, “fazer o bem” não é algo que possa ser medido. Explico.

Fazer o bem é um ato de amor, de amor ao seu semelhante. E esse gesto não pode ser medido como melhor ou maior que outro. Cada um “se doa” da forma que lhe é conveniente. Algumas pessoas ajudam com uma quantidade em dinheiro, minha mãe, por exemplo, servia cafezinho para os doentes do hospital, minha avó vai ao asilo dos idosos e passa uma tarde inteira conversando com eles, outras pessoas vão brincar com as crianças nos hospitais, outras vão de casa em casa pedir doação de alimentos para instituições necessitadas... Tem que gente que doa sangue, tem gente que doa medula, tem gente que trabalha em pastorais na igreja e tem gente que DOA CABELO. Não importa se eu doei o meu cabelo e nunca fui ao hospital servir café, bem como não importa se eu gosto tanto do meu cabelo longo, que prefiro fazer uma coisa diferente pra ajudar.

O que realmente importa é o respeito que eu tenho pelo “fazer o bem” do outro. Não cortei o meu cabelo e nem costumo “tomar dores” por mim, o que me chateia mesmo é o fato de ler um post que julga todas as pessoas que fizeram parte da campanha como se elas estivessem fazendo por “modinha”. Isso me chateia muito, principalmente, por conhecer muitas das pessoas lindas que fizeram isso, que tenho certeza que nem estavam pensando em cortar o cabelo, só cortaram porque viram como uma ótima oportunidade de fazer o bem.

“Ahh!! Mas pra quê tirar foto? Quem quer ajudar não precisa de holofotes!” Discordo. A gente tira foto quando vai a praia, tira foto quando vai sair, tira foto do gatinho, do cachorrinho, selfie no espelho e o escambal! Porquê esconder o fato de que eu estou cortando o meu cabelo para ajudar outras pessoas? Não vejo motivo nenhum pra isso. Eu, por exemplo, adoro dividir momentos alegres no instagram e facebook... Se eu fiz parte de uma campanha e me senti feliz com isso, qual o problema em compartilhar?

Aliás, quanto mais fotos, mais gente fica sabendo da campanha. Com isso, muito mais cabelo para quem precisa, não é mesmo?

Algumas pessoas perdem a oportunidade de ficarem caladas. Se quisesse mesmo ajudar e se estivesse, de fato, preocupada com o fato de as pessoas estarem cortando o cabelo sem o menor sentimento de ajudar ao próximo, teria escrito diferente: teria escrito algo do tipo...

“Muitas pessoas estão doando os seus cabelos para a campanha fios do bem, mas vocês sabiam que vocês podem fazer isso sempre? Os núcleos de apoio estão sempre recebendo cabelos, não precisa de campanha para ajudar. Além disso, a ONG por trás da campanha precisa de muita ajuda e de voluntários... Que tal fazer uma visita?”

Prefiro pensar que ela estava com sono e se expressou de forma errada.

Boa noite, people!

Ps: A campanha congrega cinco salões de Natal (Belezaria, Lirêda Coiffeur, Marcos Galvão, Sheila Wal e Perfil) e aceita a doação de cabelos de qualquer tipo e vai beneficiar pessoas atendidas na Liga, Grupo de Apoio à Criança com Câncer e Hatmo (Humanização e Apoio ao Transplantado de Medula Óssea do RN). É só ligar e marcar!
 
Mari Lima

 


 



 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

10 fatos que você precisa saber antes de casar


#1 Você vai acabar descobrindo, infelizmente, que se você não fizer a comida, ela não aparecerá magicamente na sua mesa como de costume. E é daí que você se dá conta do quanto você come (café, almoço, jantar, lanchinhos?) e do quanto a nossa mãe não é apenas aquela que nos ama mais que tudo no mundo, ela é aquela que, sobretudo, nos alimenta.

#2 Não existe o gnomo-amigo que lava a sua louça enquanto você está dormindo, é você mesma que tem que fazer. E como você descobriu que não para um segundo de comer... já viu né?

#3 Lembra quando você brigava com seu namorado, entrava no seu carro e ia pra casa como se nada tivesse acontecido? Pois bem, esse tempo acabou, afinal, vocês moram na mesma casa e dividem a mesma cama. Conviver com a cara do outro é inevitável. E a melhor opção é sempre fazer as pazes antes de dormir, porque dormir na mesma cama, sem encostar “um tico” na pele do outro, é uma tarefa muito difícil. Acredite. Eu já tentei.

#4 Fazer cocô vai ser difícil no começo, mas você tem que ser persistente. Até Kate Middleton faz cocô (será, gente?), então entra no banheiro e desencana!

#5 Acabou aquela história de ouvir a buzina do carro e sair de casa linda e maquiada com aquela cara de “só precisei de 5 minutinhos”. Esqueça! Agora é a vida como ela é. Você se depila na frente dele, corta as unhas do pé assitindo a novela juntos e ele vai, inevitavelmente, acabar descobrindo que você não passa hidradante daquele jeito sexy da propagadanda do monange.

#6 Você vai precisar de um 1 minuto de silêncio pela cara de terror do seu marido quando ele encontrar você no meio da sua chapinha. Sabe aquele momento que você tá no meio do processo?! Metade o cabelo de Paris Hilton e metade o cabelo de Dilma? Pronto. Sentiu o drama, né?

#7 Pum é inevitável. Vai acontecer. Se prepare para esse momento. Tirando Sandy e o bebê de Sandy... todo mundo solta pum. Relaxe! (Mas não muito)

#8 Você vai, finalmente, entender o porquê da sua mãe reclamar tanto do preço das coisas no supermercado. Você compra 5 miojos e quando vai passar no caixa dá 100 reais. (juro que não tô exagerando)

#9 Você resolve dar razão a Darwin e entender que só os fortes sobreviverão. Daí você vai parar de comer miojo e toddynho e ligar pra sua mãe pra saber como se cozinha comida de verdade. Disso você tira uma coisa boa e uma ruim: a boa é que é melhor que miojo e toddyinho, a ruim é que nunca é igual a da sua mãe, né? (pausa dramática para lágrimas)

#10 Você vai ouvir as pessoas perguntando quando você vai ter filhos. Casamento pra mãe da gente pode ser resumida em uma única palavra: netos. E em uma frase: Cadê meus netos? E a sua bisavó, que perguntava quando você ia ter bebê desde quando você tinha 15 anos... bom, ela vai parar de perguntar porque ela não lembra mais de você.

Mas o que importa mesmo, de verdade, é que você vai viver os melhores anos da sua vida, com a pessoa que você escolheu para dividir on bons e os maus momentos presentes nela. Por isso, ame, beije, durma agarradinho, receba café da manhã na cama, faça massagem, não tenha vergonha de fazer cocô, solte pum, viva! Faça do seu casamento o melhor do mundo.

Ps: o texto não se aplica se você for Sandy, Kate Middleton, tiver cabelo bom, souber cozinhar ou fizer cocô com fragrância johnson’s baby.
Mari Lima