quarta-feira, 25 de maio de 2011

Doença contagiosa: infelicidade

Esse texto de hoje é pra você, que segue as tendências. Sabe qual a mais nova moda? Ter problemas. Calma, não basta ter só um. Tem que ter, pelo menos, quatro: problemas com a família, problemas com o trabalho, problemas amorosos e problemas financeiros.

Sentiu o drama?

Vocês não me conhecem, mas posso lhes afirmar, com toda certeza, que todas as pessoas próximas a mim são felizes. Porque felicidade contagia! E eu adoro a felicidade!

E da mesma forma que a felicidade, o oposto, a infelicidade, é ainda mais contagiosa. É uma doença gravíssima, daquelas difíceis de curar.

O maior pesadelo da minha vida é quando eu encontro, por acaso (sim, porque eu jamais marcaria um encontro com essa pessoa), uma pessoa infeliz.

- Oi, Infelícia! Quanto tempo! Tudo bem?

- É... né... Tudo indo. E você?

(Como eu sei que ela é uma pessoa infeliz, eu já vou me despedindo. Mas as pessoas infelizes têm um segundo e chatíssimo problema: elas necessitam falar da infelicidade delas).

- Eu tô ótima! Agora eu vou indo que eu tô um pouco atrasada...

- Peraí! Te contei que eu perdi o emprego? Tô passando tanta necessidade, menina! Aí pra piorar, fulaninho terminou comigo e começou a namorar minha melhor amiga. E pra piorar ainda mais, meu pai me odeia, minha mãe é louca e eu quero fugir de casa! E quando eu saio de casa que penso que vou ter paz, o pessoal do trabalho me enlouquece! Agora não mais, né? Porque fui mandada embora! Mas é isso aí... A vida é assim mesmo, mas a gente continua na luta, né?

Problemas fazem parte da vida. Quer dizer, não da minha. Nesses vinte e quatro anos de vida eu nunca me deparei com um grande problema. Mas, acredito, é claro, que existam pessoas que os tenham.

Mas será mesmo que as pessoas têm a quantidade de problemas que dizem ter? Dificilmente (ou elas são muito azaradas).

Há pessoas que fazem da infelicidade um hobby. Elas vivem disso: de dizer que sofrem, que tem problemas, que são vitimas disso, daquilo e daquilo outro. No entanto, botar a boca no trombone e contagiar a todos com esse pessimismo, não vai resolvê-los.

O dinheiro tá pouco? Não gaste o seu tempo reclamando, gaste agindo. O que você deseja para a sua vida? Trace um plano e mãos à obra. Enquanto não alcança tudo aquilo que gostaria, mantenha a felicidade naquilo que você já possui.

O marido tá ruim? Separa, minha filha! Vai ficar se desgastando com um homem que não presta? A felicidade também se encontra na solteirice!

Sua família não presta? Não tente consertá-los. Você não vai conseguir. O melhor a fazer é buscar bons amigos. (mas se não existe um único ser na sua família que lhe agrade, meu bem, talvez o problema seja você).

Seu trabalho é ruim? Mude! Faça o que gosta de fazer. Nunca é tarde para mudar de profissão.

Deixe de ser pessimista, cabisbaixo, chato, desagradável! Se o seu número de amigos, ao longo do tempo, vem diminuindo, sinal que tem algo errado! Multiplique felicidade, não problemas!

Lidar com eles com calma e um sorriso no rosto é sempre a melhor opção. Não consegue? Não quer? Respeito. Opção sua.

Mas, por favor, respeite também o fato de eu não querer ser sua amiga. Eu não tenho que tolerar você falando sem parar sobre o seu sofrimento. Respeite, também, o fato de eu fingir que não lhe vi, por acaso, em algum lugar.

Sou feliz. Não quero me contagiar com a sua doença. Obrigada. 

Ps: Eu não quis dizer que vou ignorar todas as pessoas que me falam sobre algum problema. Me refiro àquelas que SÓ falam de problemas e enchem o nosso saco. 

Mari Lima

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