sexta-feira, 2 de março de 2012

Desconectar-se: és capaz?

Há algum tempo, ficávamos os quatro: eu, meu pai e minhas duas irmãs, cada qual em seu notebook. Era a reclamação diária da minha mãe - o quinto elemento desconectado - “Eu quero conversar e vocês não me escutam!”

De fato, alguma coisa estava estranha. Em uma casa com cinco pessoas, seriam mesmo necessários quatro notebooks?

O fato é que o meu notebook já não estava lá essas coisas... Comprei um novo e dei o velho a minha mãe. Ela teve algumas aulas e... adivinha? Ela curte tudo o que eu posto no facebook. E como minhas irmãs não moram mais em casa, somos agora três elementos ao notebook: eu, meu pai e minha mãe.

Hoje em dia, quem consegue se desconectar?

Ninguém. Nem mesmo a minha mãe que acaba de conhecer o mundo da internet.

Alguém - que não me recordo agora - contou que foi ao banco retirar dinheiro e teve a senha bloqueada. Motivo? Digitou a senha do twitter três vezes.

É tão tentador saber o que está acontecendo de interessante no mundo, de bizarro, de inútil... que a gente não consegue acumular tweets. A gente acumula trabalho, leitura, a louça do almoço... mas nunca os tweets! E acabamos fazendo coisas estranhas como, por exemplo, eu que sigo a Wanessa Camargo. Sim, Wanessa, a filha do filho de Francisco. Ela fala do CD novo, dos shows, manda beijo pros fãs e, sabe-se lá porquê, eu leio tudo: como uma grande fã! Sem nem saber que tipo de música ela canta. Estranho não?

Outra coisa engraçada (ou ridícula talvez) é que a gente sempre acha que alguém vai nos ligar de madrugada. Ouso até fazer um boneco de cera da pessoa que for capaz de desligar o celular antes de dormir!

“E se alguém me ligar? E se surgir uma emergência? E se alguém comentar alguma coisa no meu facebook?” A gente não quer deixar pra ler amanhã o que pode ser lido/sabido na madrugada.

Nunca surgiram emergências, nunca recebi um e-mail de vida ou morte... mas nunca, nunquinha mesmo, desliguei o celular antes de dormir. Por quê? Eu sei lá! Gosto que ele fique ao lado do meu travesseiro. Me sinto mais segura.

E nem dirigir a gente sabe fazer sem o uso do celular/internet. Como volto do trabalho na hora em que TODOS voltam... preciso escolher o melhor caminho, o menos engarrafado. Já virou rotina: antes de sair, consulto o tráfego no twitter. Sem o twiter, eu não sei mais nem como passar a primeira marcha.  

Uma amiga minha reclama que nunca consegue falar com o namorado na hora que quer. Isso porque ele, de vez em quando, desapega e desliga o celular. Vez em quando não olha as “mentions” no twitter e nem responde imediatamente aos e-mails dela. O problema é que ela o procura no mundo virtual e, de vez em quando, ele encontra-se apenas no real. Desse, eu farei um boneco de cera.

Só por hoje não entro no twitter.

 Mari Lima

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Solenidades de formatura

Início de ano é assim: quase toda semana temos alguma solenidade de formatura para comparecer.

Dias atrás estava na formatura de uma turma de Direito (e é claro que você também estava. Todos estavam. Era o evento social da noite), e eu poderia contar nos dedos a quantidade de pessoas que estavam dando ouvidos ao que estava sendo dito pelo orador, paraninfo, reitora, entre outros que presidiam a mesa.

Nesse dia ouvi uma pergunta interessante do meu pai: “Desde quando as solenidades de formatura passaram de importantes para chatas e entediantes?”

Na verdade mesmo, nada mudou. Sempre houve o discurso do orador, do paraninfo, a entrega dos diplomas e aquele blá blá blá todo. Nada mudou no procedimento da solenidade, mas tudo mudou no quesito da importância.

Na época do meu pai só existia a Universidade Federal, ou você estava dentro dela, ou você não fazia parte do mundo dos “formados”. Chamar alguém para a colação de um filho que se formou em Direito era um orgulho para o pai. E toda a família e amigos prestavam atenção ao que estava sendo dito, não porque naquela época fosse mais legal, mais divertido, mais diferente... Mas porque era, de fato, importante!

Então quer dizer que as milhares de pessoas que estavam na formatura não estavam dando a mínima para o acontecimento? Não é bem assim! É que agora o momento “solenidades de formatura” se tornou normal, natural. Hoje em dia, todo mundo se forma.

E quando falo de “todo mundo”, não falo com desdém, mas com felicidade. É ótimo saber que hoje em dia é fácil fazer um curso superior, ser uma pessoa “formada”.

Permita-me um curto relato.

Francisco é jardineiro. Entre outras coisas, ele cuida do jardim da minha casa: corta a grama, planta mudas e etc. Dia desses, ele ligou para a minha mãe dizendo que não poderia vir no dia seguinte, pois ia fazer a matrícula da filha dele na UNP, pois ela havia ganhado uma bolsa.

A filha de Francisco sempre estudou em escola pública, certamente não possuía dinheiro para comprar muitos livros e nem tinha acesso fácil à internet. Fez vestibular para arquitetura, ficou muito próxima de passar, mas não passou. No tempo do meu pai, uma boa aluna como a filha de Francisco (que não me recordo o nome), ficaria sem se formar ou tentaria vestibular de novo no ano seguinte. Mas nos tempos de hoje, existe o acesso às faculdades particulares – inclusive - com bolsa integral.

Acho lindo, lindo mesmo, que hoje seja “normal” se formar, que o Ensino Superior seja menos fechado e elitizado. Acho ótimo que as oportunidades existam para aqueles que buscam aprender mais.

E diante de toda a falta de educação (minha inclusive) presente nas solenidades de formatura, uma coisa é boa e certa: seja na UFRN, na UNP, Na FARN, Na Câmara Cascudo, Na Estácio de Sá... O ensino superior virou o caminho natural para todas as classes sociais. Hoje, todo mundo se forma!

Mari Lima

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Estreando a tag: "Indique um livro"

"Geralmente, quando uma pessoa exclama "Estou tão feliz", é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada. (...)
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. (...) 
A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
Ser feliz por nada talvez seja isso."

Trecho da crônica "Feliz por nada" de Martha Medeiros. 
Retirada do livro "Feliz por nada".

Gostou de um livro? Que tal indicá-lo? Escreva um trecho sobre ele e envie para o e-mail do blog! :)  Ficaremos felizes em compartilhar! (marianandelima@yahoo.com.br)

Mari Lima

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pedagogas: o que são e o que não são

Já falei em outro post sobre a profissão de pedagoga. Mas sabe quando o assunto parece não ter fim?

Vez ou outra escuto coisas como: “Ah, você é professora de criança, que lindo!”, “Você é professora de criança? Tem que ter muita paciência, né?”, ou “Você que é a tia Mariana?”

Eu entendo que algumas pessoas não falem por mal, por isso sempre gosto de esclarecer. Afinal, pedagogas: o que são e o que não são?

Pedagogas são profissionais, na maioria das vezes com especialização na área, educadoras, integralmente responsáveis pelos seus alunos quando estão dentro do ambiente escolar e pessoas com vida pessoal.

Pedagogas não são tias, babás, profissionais frustradas, pobres, pessoas boas e extremamente pacientes, voluntárias da escola, psicólogas ou socializadoras.

Parece óbvio falar pra vocês que pedagogas são profissionais. Mas é que algumas pessoas parecem não compreender isso. Primeiro porque nos chamam de “tia” e depois porque pensam que não estudamos o suficiente. A gente chama de tia aquelas pessoas que são irmãs da nossa mãe ou do nosso pai. Tias são parentes, professoras são professoras. E isso não desmerece o carinho que temos pelos nossos alunos, apenas nos nomeia da forma como tem que ser.

Outra coisa engraçada que acontece é o fato de as pessoas pensarem que pedagogas são boas pessoas. Eu sou uma pessoa completamente normal, que me chateio com um monte de coisas no mundo. Mas quem não me conhece, pensa que não. Entendam uma coisa, independente de qualquer profissão todos temos o nosso lado pessoal e profissional. Se eu tenho paciência na minha aula? Claro que sim! Lido com crianças de 5 anos de idade, é óbvio que eu preciso ter paciência com elas. Mas não quer dizer que eu seja uma pessoa cem por cento paciente o resto do dia.

E também temos vida social! Professores saem, dançam, usam roupa curta, bebem, brigam, namoram, falam palavrões e tudo mais. Mas a sociedade não aceita. Quer que tenhamos postura de professoras dentro e fora da sala de aula. Pois se querem que sejamos professoras 24h por dia, que me nos paguem por 24h de trabalho. Assim fica justo.

Quando digo que não somos babás, não me ache preconceituosa. Ser babá também é uma profissão muito digna. Mas babá é babá, professora é professora. Entretanto, isso não quer dizer que apenas educamos os nossos alunos, nós também cuidamos deles. Se uma criança fica doente, se machuca, tem diarreia, faz xixi na roupa... temos o dever de cuidá-la, também é o nosso papel, pois ela está longe da família e sob nossa responsabilidade. A professora que diz que apenas educa os seus alunos, está na hora de se aposentar por invalidez.

E, de uma vez por todas, não nos tratem como ”voluntárias de escola”. Não achem que ensinar crianças seja uma doação ou a coisa mais linda e fofa do mundo. É uma profissão como outra qualquer! Não é trabalho voluntário, nós somos pagas por isso!

E nem venha me chamar de pobre! Como já disse antes, não somos ricas e nem nunca seremos (seja trabalhando em escola pública ou particular), mas o discurso de que professora passa fome, já deu! Ganhamos melhor que muitas pessoas de outros cursos superiores.


E por fim - pausa para o apelo - não repitam mais a frase: “Ele é tão pequeno, vai pra escola só pra socializar mesmo!”.

Sabe quem tem que ir pra escola pra socializar? O menino-lobo, que nasceu na selva sem contato com humanos. Crianças (independente da idade) vão para a escola para aprender! Aprender as mais diversas coisas sobre ele, os outros e o mundo.

Pronto. Desabafei. 

Mari Lima

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Cachorros: como não amá-los?


Uma grande amiga (alô, @_marianafreire) acaba de postar no facebook - especialmente para mim - um foto cartão que diz assim:

“Aviso para quem visitar minha casa!”

1-Lembre-se que o cachorro vive aqui, você não!
2-Se você não quer pêlos em sua roupa, fique longe do sofá!
3-Sim, ele tem alguns hábitos desagradáveis. Eu também, assim como você! Faz parte!
4-É claro que ele cheira como cachorro!
5-É da natureza dele tentar cheirar você. Sinta-se à vontade para cheirá-lo também.
6-Eu gosto dele mais do que da maioria das pessoas, se você não quer fazer parte desse grupo de pessoas, respeite-o!
7-Para você é um animal. Para mim é um filho adotivo, que é pequeno, anda de 4 e não fala muito claramente. Eu não tenho problema com nenhum desses pontos, e você?

Sinto que, em alguma encarnação, eu já escrevi isso.

Meu namorado costuma dizer que eu preciso entender e respeitar o fato de algumas pessoas não gostarem de cachorro, só que isso é impossível pra mim. Eu aceito que as pessoas não gostem de moscas, moriçocas, traça de parede, bicho de chagas... Mas cachorros? Como não amá-los?!

Pra mim, não gostar de cachorro, não é questão de gosto, é falta de amor no coração. Só não gosta de cachorro aquele que nunca teve um.

E como dona de quatro cachorros... sou do tipo que abraço, beijo, ponho no colo, converso, dou boa noite, bom dia... Amo mesmo! Pra valer! Do fundo do coração! Por eles eu sou capaz de tudo. Tudo mesmo.

E sabe de uma coisa?

Quem não cria cachorros não sabe o que é chegar em casa e ser recebido por criaturinhas felizes (sempre felizes) pelo fato de você ter voltado.

Quem não cria cachorros não sabe o que é dar um grito e no mesmo instante ver que todos eles correram preocupados à sua procura.

Quem não cria cachorros não acredita que eles falam com os olhos as coisas mais lindas que se pode ouvir.

Quem não cria cachorros não sabe que eles tem um latido diferente pra tudo: sede, fome, manha, raiva...

Quem não cria cachorros nunca conhecerá de perto o carinho de tê-los todos os dias conosco, assim como nunca conhecerá a tristeza de um dia perdê-los.

Cachorros amam verdadeiramente. E tudo o que eles querem em troca é nada além de um carinho na barriga.

Mas se você insiste, tudo bem: pode sair por aí dizendo que não gosta de cachorro.

Enquanto isso, eu saio por aí espalhando que você é louco.  

Nunca aceitarei.


Mari Lima

Ps: Quem está comigo na foto é Alegra. Apesar de antiga, é uma das minhas fotos preferidas. É tão linda que deveria estar num outdoor.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Entrevistas de emprego

É quase sempre assim: você termina a faculdade, gasta milhões com o baile de formatura, bebe, vomita e acorda. E é nessa hora que o bicho pega! Você passa de um mero estudante para um vagabundo-desempregado.

O que lhe resta? Deixar currículos pelo mundo afora, claro.

E o problema de deixar currículos nas empresas é que elas acabam te chamando para uma entrevista.

Essas entrevistas teriam sido o meu terror, caso não tivessem sido tão cômicas.

Você chega, entrega seu currículo com os milhões de cursos, mini-cursos, trabalhos apresentados em congressos, experiências acadêmicas, extra-acadêmicas, idiomas e etc. A pessoa dá uma leve olhada, vira pra você e pergunta:

- Se você fosse um animal, qual animal você seria?

- Oi?

- Um animal, querida. Qual você seria? (Achando que eu não entendi a pergunta)

Lembro que respondi “pássaro” pra ver se ela passava logo para o que realmente importava.

- Porquê?

Nessa hora a vontade é de rir. A pessoa vai responder o quê? Que pássaros trabalham bem em equipe, tem espírito de liderança, são motivados, criativos e ótimos professores?! Rs Que lógica tem isso?

E quando a gente pensa que a pessoa vai fazer uma pergunta decente... ela pega uma folha e manda a gente desenhar uma árvore, uma casa e a nossa família.

Esquecendo o chão você está no nível máximo da loucura! E coitado de você se usar a coleção preta! Não pode em hipótese nenhuma! Preto é depressão na certa. Inventa um cabelo loiro pra tua mãe, um olho azul pro teu pai... porque se usar o preto... fudeu.

Lembro que coloquei os meus cachorrinhos no desenho da minha família e fiquei com medo de ser levada de lá direto para o hospital João Machado.


Enfim, depois de muitas perguntas pessoais e poucas profissionais: eis que chega a melhor.

- Mariana, qual o seu maior defeito?

Minha vontade era de perguntar se era o meu maior defeito segundo eu mesma ou segundo a bíblia, porque daí seria mais fácil, já que eu não amo o próximo como a mim mesma e nem cumpro o mandamento “Curtirás todo mundo, inclusive os mais chatos”.

Lembro que pensei muito e respondi que era impaciente.

- Hum... Impaciente com quem?

- Com o mundo.

- Como assim com o mundo?

- Com o mundo em geral.

Nesse momento ela encerrou a entrevista e eu saí de lá com uma dúvida: sou louca ou sou normal?

Esse modo de seleção é tão eficaz, mas tão eficaz... que eu fui contratada. Minha árvore, minha casa, minha família, meu animal e meu defeito condiziam perfeitamente com o que a empresa estava buscando. Rs

Duas semanas depois eu pedi demissão. O lugar não tinha nada a ver comigo.

 Mari Lima

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Big Brother Brasil

O ano começa e com ele vem o tal do BBB (pausa para os gritos de revolta e para alguns se atirarem pela janela). Desse modo, o mundo fica dividido entre as pessoas que:

1 - Amam o Big Brother Brasil (e daí? A televisão é delas);

2 – Os pseudo-intelectuais que não toleram a existência do programa e querem que todos saibam disso, afinal eles são muito cultos;

3 – As pessoas que assistem sabendo que é uma bobagem, mas gostam de ver mesmo assim (Afinal, quem vive só de cultura?);

4 – As pessoas que acham bobagem, não gostam de assistir, mas conhecem a super tecnologia chamada “controle remoto” e mudam de canal (calados no conforto de seu sofá).

Mas, caro amigo, me responda! Por que tanto ódio? O que o Big Brother Brasil fez com você? Chamou-lhe de bobo? Feio? Burro?

O BBB não é nem de longe o programa mais besteirol da televisão brasileira. Você já ligou no SBT e assistiu o “Casos de Família”? Não?! Pois você não sabe o que é coisa ruim! E se todo programa ruim fosse gerar essa polêmica toda, Christina Rocha e Sônia Abrão já estariam presas por falta de noção há muito tempo!

Eu sempre acho que nem tudo na vida precisa, necessariamente, construir conhecimento. Pode construir risadas, por exemplo. Claro que existem pessoas que realmente não gostam do programa e não dão risadas com ele, mas a maioria gosta, dá risada e nega pra parecer mais inteligente.

Povo sem personalidade!

Existem maneiras melhores de provar a existência de nossos neurônios, não?

Tire esse rancor do seu coração, é apenas um programa...

Acho que até a Dilma, no calor da emoção, deve dá uma ligadinha no pay per view.

Mari Lima

Ps: Pessoa infeliz e revoltada com o mundo, nem venha mandar comentário mal-criado pro meu e-mail. Eu escrevo sobre o que eu quiser no meu blog, inclusive sobre big brother. Por isso que chama “meu blog” e não “seu blog”.